Virou-se novamente para a janela e foi surpreendido com um pulsar nos ouvidos, dignos duma corrida esgotante e repentina do perseguir dum autocarro. Sentia o coração a rebentar-lhe os tímpanos e ao
fechar os olhos na vã esperança de se recompor assim, pareceu-lhe ouvir mais uma batida. Quase indistinta do seu músculo cardíaco a batida era persistente ao acompanhar a atenção agora a si despendida.Sentia um respirar baixinho como se de um murmúrio se tratasse...
Algo em si pulsava e vivia escondido até aquele momento. Num brusco movimento, o ser puxou-lhe as pálpebras a abrir e fixou-lhe os olhos no supermercado que agora abria. Com a adrenalina a impulsionar o violento levantar de mesa, saiu do café deixando uma soma demasiado elevada para um "café" sem sequer se importar com o troco, a revista cor-de-rosa também toldou a empregada de qualquer comentário acerca disso.
Os batimentos no peito aumentavam a cada passo que o levava mais perto do seu primeiro objectivo.
Começara...