Parece que realmente dormimos... a cada conversa mais acesa acerca do mundo e como parece que tudo irá acabar dolorosamente, parece-me que dormimos! Pode ser apenas mal nacional, mas desconfio que a maleita se estende a outras nacionalidades e etnias.
Da lama em que nos movemos diariamente parece surgir alguma esperança, o constante varejamento da nossa moral está a ter os seus efeitos mais destrutivos de sempre, no entanto, sobreviventes acalentados pelo apoio dos seus elameados companheiros, prestam-se ao papel de criticar e falar bem alto para que todos ouçam "ISTO ESTÁ TUDO UMA MERDA!". Não é nada que ninguém tivesse ouvido antes, mas agora o timbre mudou, do murmúrio cansado e conformista do dia-a-dia, levanta-se agora o grito estridente da inconformidade tal e qual um garfo a raspar num prato desde sempre vazio.
Serão estes os novos "Fernandos Pessoas" que vão levar a "Mensagem" de revitalização do orgulho saudável e do espírito de luta? Porque se as coisas não levam uma reviravolta, arriscamo-nos a criar uma geração de putos que vão preferir insultar de filhos da puta os "responsáveis" desta salgalhada toda e nunca vão intervir na mudança que é urgente.
Costuma-se ouvir que a "mudança começa em nós!" e é bem verdade. Nos dias que correm, eu também corro para apanhar o tempo perdido em dormência e burrice. Achei, como tantas vezes antes, que tinha de mudar radicalmente a minha maneira de viver para poder ser um exemplo melhor para o meu filho. Para ser um exemplo melhor para a minha mulher e em último, para ver se ganho algum amor-próprio e deixo-me de merdas.
Renasce a consciência das cinzas duma Fénix que estava adormecida pela rotina. Por mais que não seja, digo mal do que está mal e sou destrutivo para poder depois reconstruir.
Deixo-vos com uma frase que me anda a acompanhar a cada dia: "O fim não indica nem o desespero nem a dor, faz-nos sim tropeçar para começar a andar de novo ou dá-nos o alívio do último suspiro."
